Mesmo antes da pandemia de covid-19 transformar as rotinas de estudo e lazer, quase todos os “brasileirinhos” (89%) entre nove e 17 anos já estavam conectados ao mundo virtual.
No país, são cerca de 24 milhões de crianças e adolescentes assistindo a vídeos e séries na internet (83%) ou utilizando as redes sociais (68%), conforme apontam dados divulgados pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil em 2020, e esse índice tende a crescer.
Com as crianças mais tempo em frente às telas de computadores e celulares, é preciso que pais, mães e responsáveis estejam atentos aos perigos da web para manter seus filhos seguros on-line.
Neste Dia Mundial da Internet Segura (9/2), o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) alerta sobre a segurança na web, especialmente no contexto de hiperconexão ao mundo digital causado pela pandemia de covid-19. A data, criada pela Rede Insafe, na Europa, envolve mais de 140 países e busca unir diferentes agentes, públicos e privados, na promoção de atividades de conscientização em torno do uso seguro, ético e responsável da internet.
“Quase todos os delitos que ocorrem na internet podem ter como alvo uma criança ou adolescente. Entre os mais comuns estão: crimes contra honra, calúnia, injúria, difamação e ameaça, que são praticados, muitas vezes, nas redes sociais, em grupos de aplicativos de mensagens, entre outros veículos de interação digital.
As crianças e adolescentes também podem ser vítimas de crime de hackeamento, que foi incluído no código penal pela Lei dos Crimes Cibernéticos, e ainda um tipo de crime bastante grave cometido contra crianças e adolescentes, aqueles que envolvem a pedofilia e a pornografia infantoadolescente”, pondera o Coordenador do Centro de Apoio Operacional da Infância de Juventude, Promotor de Justiça João Luiz de Carvalho Botega.