A Associação de Soluções Integradas para o Comércio emitiu uma Carta Aberta a população, nesta terça-feira(10), posicionando-se contra o lockdown na cidade e no Estado expondo algumas sugestões para amenizar a situação da pandemia.
A entidade reúne dezenas de empresários de Balneário Camboriú e Camboriú, dos mais diferenciados ramos de fornecimento de bens e serviços.
De acordo com a carta, eles representam milhares de famílias que dependem, direta ou indiretamente, das atividades que poderão minguar sua condição de manutenção básica de sobrevivência, e as empresas cessarem as atividades, caso o lockdown seja confirmado.
Confira o texto na íntegra:
“Viemos externar publicamente nossa preocupação com o período pandêmico que vivenciamos; que deve ser enfrentado de forma pragmática, atendendo anseios sanitários e econômicos, repelindo sua politização.
Entendemos, porém, que o formato do combate coloca em risco quase a totalidade dos comerciantes, pois impedidos de exercer suas atividades. Esse tipo de combate pandêmico, além de não atingir seu objetivo, causa prejuízos incalculáveis para esse setor.
Restringir o funcionamento do comércio é, no mínimo, irresponsável!
Desde o início do estado pandêmico decretado no país, os comerciantes têm sido os mais castigados, sendo obrigados a restringir o horário de funcionamento, senão fechar seus empreendimentos, reduzir seu quadro funcional, tudo isso, mantendo suas obrigações em dia, tanto com funcionários, fornecedores e os tributos. Basta!!!!!
Cremos que medidas são necessárias para estagnar a pandemia; mas não a economia!
Assim sugerimos:
Flexibilização e ampliação do horário de funcionamento do comércio, assim distribuindo o fluxo de pessoas, evitando aglomerações;
Não haja proibição de atividades noturnas, pois a proliferação do vírus não está vinculada a horário;
Aberturas de novas UTIs em hospitais e cidades menores, para descongestionar os grandes centros, e criar um
plano de ação em conjunto entre estado e municípios.
Volta as aulas 100% presenciais.
Não seja restringido o uso de lugares públicos ao ar livre – praias, parques, praças, dentre outros, possibilitando
que as pessoas os utilizem para atividades físicas, tomar sol (importante para absorção de vitamina d) e ainda beneficiando o aspecto psicológico.
Temos ciência, contudo, que a adoção dessas medidas, mais equilibradas à sociedade, devem estar ligadas ao cumprimento de medidas sanitárias preventivas, tais como, uso de máscara e álcool 70o e ainda distanciamento.
A simples imposição de lockdown somente agrava a situação, impedindo o trabalho, o sustento de famílias e gerando pânico na população, que volta às ruas no primeiro momento possível; vê-se o exemplo de Chapecó, que teve restrição no comércio e trânsito das pessoas, cessada essa situação, ocorreram aglomerações em toda a cidade.
O comerciante não é o causador da proliferação da pandemia, mas sim o vírus; este que deve ser combatido, mediante o distanciamento entre as pessoas, uso de máscara e álcool em gel.
Não podemos mais arcar com o ônus decorrente de politização da saúde pública, do descaso administrativo e da irresponsabilidade de grande parte da sociedade.
Para tanto, este manifesto tem como objetivo em apelar para o senso de justiça social dos administradores públicos, para que zelem, não somente da saúde pública, que é de suma importância, mas para a saúde social e econômica da população.
Eliane Colla
Presidente ASIC