Ha exatamente uma semana, os moradores do Jardim Europa em Camboriú , viveram um pesadelo. Depois de uma chuva intensa, eles viram ruas, casas, carros e comércios debaixo d’água. Passado o susto, eles pedem por uma solução para não ter mais de conviver com o medo de cenas como essas se repetirem no futuro, tendo em vista que o passado já deixou marcas, como em 2018, e em fevereiro desse ano também.
Eles querem respostas, soluções tanto por parte da empresa Rgubert, que vendeu os lotes como também da administração municipal. “Sabemos que foi a gestão passada que aprovou a venda mas a atual autorizou as construções”, comenta Rutineia Quinzen, proprietária do lote 61 rua 3 e uma das coordenadoras da manifestação que acontecerá na próxima sexta-feira(18), em frente ao pórtico na entrada da cidade.
“Estamos pagando um absurdo o valor das parcelas, é juro sob juro, para viver assim, com medo? A Rgubert vendeu o sonho da casa própria, que está se tornando um pesadelo”, desabafa Rutenéia.
“No inicio eles venderam o lote falando que seria um sonho, e agora nem se quer dão as caras. Parcelas absurdas de caras, pessoas que saíram do aluguel, pagando o que é seu para sermos aterrorizados por alagamentos. Não conseguimos nem dormir quando sabemos que há previsão de chuva para o dia seguinte”, relata Rutinéia.
Ela ainda conta a dificuldade em comprar os móveis para dentro de casa e a tristeza de ver tudo se perdendo em questão de minutos devido a quantidade de água, “Cadê os responsáveis por tudo isso, quero saber quem irá arcar com as consequências? Pergunta Rutnéia. Junto com ela na coordenação da manifestação, está Celso Silva, mais um dos moradores indignados com a situação.
Através da manifestação os moradores desejam chamar atenção da prefeitura, loteadora, Ministério Público para que enxerguem o problema recorrente das enchentes no local. Os moradores também reclamam do cheiro do esgoto, pedem a limpeza do rio e a colocação das placas identificando as ruas.
No Jardim Europa, existem cerca de 311 lotes, o que representa, aproximadamente 350 famílias. Alguns lotes estão vazios, porém, uns foram divididos em dois e até três terrenos.
A redação não conseguiu contato com a empresa responsável. Nesta quinta-feira(17) entraremos em contato com a administração municipal.
