A Doença Meningocócica é uma infecção bacteriana grave que, se não for tratada a tempo, pode deixar sequelas como atraso mental, surdez, cegueira e, até mesmo, levar à morte em algumas horas. Os sintomas mais comuns são: dor de cabeça intensa e febre elevada e de início súbito, vômito, rigidez na nuca e manchas vermelhas na pele. Diante da gravidade da doença existe uma preocupação em relação a baixa procura vacinal de meningocócica C. A cobertura foi reduzida de 100% no ano de 2016 para 90% em 2020, ficando abaixo do recomendado que é 95%. A vacina previne a Doença Meningocócica (DM) do tipo C.
Diante deste cenário, o Ministério da Saúde (MS) recomendou que até dezembro de 2021 a vacina meningocócica C (Conjugada) seja aplicada em crianças com até 10 anos, 11 meses e 29 dias ainda não vacinadas. Na rotina, esta vacina é administrada em crianças menores de cinco anos, em duas doses, aos três e cinco meses de vida, além de uma dose de reforço, preferencialmente, aos 12 meses de idade. Crianças que, por algum motivo, não são vacinadas nas idades indicadas, podem receber uma dose até os quatro anos de idade. No entanto, com a mudança, a idade limite passa para 10 anos.
Outra vacina essencial para o controle da Doença Meningocócica é a meningocócica ACWY (Conjugada), aplicada em dose única nos adolescentes com 11 e 12 anos de idade desde maio de 2020. Esta vacina previne a doença meningocócica dos tipos A, C, W e Y. A elevação da cobertura vacinal é essencial para evitar surtos da doença meningocócica e consequentes hospitalizações, sequelas, tratamentos e, até mesmo, óbitos.
Queda nas coberturas vacinais preocupa
Não foi apenas a cobertura da vacina meningocócica C que registrou queda. A vacinação em crianças, de forma geral, tem sofrido um declínio preocupante. Em um levantamento realizado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) é possível observar que, ao longo dos últimos cinco anos, houve uma queda no percentual de crianças menores de um ano vacinadas.
Um exemplo é a cobertura vacinal da BCG, vacina que deve ser aplicada em recém-nascidos para a prevenção de formas graves da tuberculose. Em 2016, a cobertura desta vacina foi de 97,34%, já em 2020 não chegou a 80%. A meta é 90%.