Cirúrgica com vídeo em 3D é testada em hospital de Itajaí

Um procedimento cirúrgico-teste inédito foi realizado na tarde desta sexta-feira (8/10) no Hospital Marieta, em Itajaí. A tecnologia para cirurgia videolaparoscópica com visão 3D foi utilizada num paciente de 72 anos do ambulatório da Unacon com câncer de intestino. O médico proctologista Rafael Félix Schlindwein conta que a equipe médica utiliza óculos especiais para enxergar o corpo do paciente em terceira dimensão, o que garante mais detalhamento ao procedimento. O equipamento utilizado foi a torre de vídeo EinsteinVision 3.0 produzido pela multinacional líder em soluções médico-hospitalares, B. Braun, através de sua divisão Aesculap.

“É como se estivéssemos com o paciente aberto, embora estejamos utilizando uma microcâmera que é inserida na pessoa. Esta é uma cirurgia menos invasiva, mais rápida de ser feita e com chances mais rápidas de recuperação”, destaca o doutor.
Esta é a primeira vez que esse tipo de tecnologia está sendo utilizada no Hospital Marieta, o maior da região da Amfri e o que realiza 95% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde. Essa é uma operação pelo SUS com equipamento fornecido como teste pela B. Braun, que fabrica a máquina. Ela forneceu também todos os materiais.

“O EinsteinVision 3.0 da B. Braun é um sistema de câmeras 3D que proporciona melhor precisão e tempo de operação reduzido, entre outros benefícios para os pacientes e profissionais de saúde”, explica Fábio Flores, gerente regional da Região Sul da B. Braun. De acordo com a empresa, o equipamento possibilita ao cirurgião a sensação de profundidade, que se perde quando migra da cirurgia aberta para a laparoscópica, o que garante a ele movimentos mais precisos e maior segurança no intraoperatório. “Ficamos satisfeitos em contribuir com a realização desse procedimento no Hospital Marieta, a partir do objetivo conjunto de promover mais eficiência, conforto e inovação para os pacientes”, afirma Fábio.

“A possiblidade de fazer esse procedimento-teste, como avaliação a um paciente oncológico, do SUS, nos deixou muito feliz. Vamos torcer para que o resultado seja satisfatório e que a gente possa buscar auxílio para trazer a tecnologia em definitivo para o Marieta”, complementa o cirurgião Rafael Félix Schlindwein.

A irmã Mercia Lemes, diretora geral do Hospital Marieta, também vê neste teste uma possibilidade de ampliar ainda mais os benefícios à comunidade, introduzindo esta nova tecnologia num breve futuro na rotina da instituição.

Fotos: Letícia Venera/Hospital Marieta