O Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo disse, nesta quinta-feira (20), que a vacina contra Covid-19 não causou parada cardíaca em criança de 10 anos, em Lençóis Paulista.
A investigação apontou que a criança possuía uma doença congênita rara, desconhecida até então pela família, que desencadeou o quadro clínico. “Não existe relação causal entre a vacinação e quadro clínico apresentado”, afirma o órgão em nota.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo reforçou ainda a importância da vacinação e reafirmou “que todos os imunizantes aprovados pela Anvisa são seguros e eficazes”.
A criança foi atendida em tempo oportuno, o quadro foi revertido e ela encontra-se hospitalizada, monitorizada e estável, diz a nota.
De acordo com a nota, para se estabelecer a relação causal entre a vacinação e o agravo, foi realizada uma investigação que agrupou informações com a família e com os serviços de saúde onde a criança foi assistida. A investigação foi conduzida de forma conjunta pelo Estado, através da Divisão de Imunização e dos Grupos de Vigilância Epidemiológica de Botucatu e Bauru – CVE, e pelo município de Lençóis Paulista.
As informações sobre o caso foram avaliadas por especialistas do Grupo de Trabalho em Eventos Adversos Pós-vacinação da Comissão Permanente de Assessoramento em Imunizações (GT-EAPV-CPAI).
Concluiu-se que a paciente tem uma pré-excitação no eletrocardiograma, característica da síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW). Esta é uma condição congênita que leva o coração a ter crises de taquicardia. Algumas destas crises podem ter frequência muito alta, levando até a síncope ou mesmo morte súbita. A WPW é mais comum causa de morte súbita por arritmia ventricular.