Um jovem morador de Brusque, Igor Nunes Schaefer Bransford de 19 anos, é acusado de realizar o golpe da doação de cães de raça. Um grupo de vítimas foi formado no WhatsApp para buscar justiça contra Igor. Através do grupo, com cerca de dez pessoas, é possível compreender como eles agem.
A atuação do golpe acontece em duas modalidades: uma no sentido de doar os cães mediante pix de R$500,00 para ajudar nos custos de castração do bichinho. O interessado em receber o pet, faz o pix e depois disso, Igor vai desconversando até bloquear e sumir do WhatsApp sem entregar o cachorrinho ou gato.
A outra forma deles agirem é demonstrando interesse em comprar o pet. O tutor faz o anúncio, ele entra em contato, vai ao encontro do tutor e pede para o mesmo pegar um pouco de ração. Assim que o tudo vira as costas para buscar a comida, Igor entra no carro furtando o bichinho.
Igor fez 19 anos no final do ano passado e possui várias passagens pela polícia, inclusive por agressão a mãe dele, que segundo o grupo, é conivente com todas as ações do filho. Porém, ao atingir a maioridade a ficha dele limpou, dificultando a ação da justiça. As vítimas já fizeram boletim de ocorrência e esperam por justiça.
As vítimas estão receosas porque Igor pediu uma série de informações pessoais que podem ser usadas em um novo golpe por ele. Um Personal trainner, de 23 anos, do Paraná é um dos que acreditou em Igor. “Um amigo que trabalha comigo me informou sobre os cachorros. Ele disse que havia um canil em SC doando os cachorros Lulu da Pomerania e que ainda restava um. Logo me interessei e entrei em contato o mais rápido possível.
Comecei o meu contato com um rapaz que se chamava Dani, respondeu dizendo que ele estava fechando o Canil, e que possuía apenas mais um sptiz e precisava doar pois não teria condições de mantê-lo. O que ele pedia era somente o valor da castração, 500,00 reais e dados como RG, CPF, endereço e comprovante de residência. No momento em que fui fazer o Pix havia um nome diferente, Igor Nunes Schaefer Bransford, o que desconfiei e perguntei à ele se era aquilo mesmo, ele disse que sim e logo fiz a transferência na maior inocência”, desabafou o empresário.
O Perosnal relata que depois disso Igor parou de responder as mensagens no WhatsApp, e quando respondia era totalmente grosso. “Eu pedia informações à ele sobre vacinação, castração e notícias sobre o cachorro e ele me deixava sem resposta, foi aí que então criaram um grupo no WhatsApp do suposto “golpe”. A ficha foi caindo para todo mundo, e pelos cálculos das pessoas próximas foram mais de 5mil reais roubados por esse bandido”.
Uma médica de 33 anos, de Curitiba, Paraná, também foi uma das vítimas. Igor enviou fotos dos animais e outras informações sobre os bichos que supostamente estavam para a doação. Além de passar informações sobre os cães, ele novamente pediu R$ 500 para a castração. A médica realizou o Pix e o golpista informou que a cachorrinha estaria pronta para ser levada no sábado. “Passei o dia mandando mensagens e pedindo para que ele me mandasse a localização do canil. Disse que iria me entregar o animal às 19h. Às 18h30, passou um endereço em Gaspar inválido. Continuei pedindo o endereço correto, não obtive resposta. Às 19h30 ele parou de me responder e me bloqueou”, relatou
As vítimas, que registraram o caso na Polícia Civil e aos poucos foram descobrindo que outras pessoas também haviam caído no golpe. “Realizei contato com suposto Daniel, do canil, que pediu para transferir R$ 500 para seu sócio, Igor Nunes Schaefer Bransford. O valor seria referente a castração de um Lulu da Pomerânia, procedimento obrigatório para seguir com a adoção. Após realizar o pagamento, o atendimento mudou: não passam o endereço para ir buscar o cachorro. Solicitei o dinheiro de volta e não recebi o estorno”, conta outra vítima.
Além do valor transferido, ele conseguiu dados de todas as pessoas, como RG, CPF, comprovante de residência e o medo é que ele utilize os dados para crimes futuros.
Além dele, nas redes sociais Igor é chamado de golpista por um monte de pessoas. O caso está sendo acompanhado pelo delegado de Brusque, Egídio Ferrari. O delegado conhece o histórico de Igor e está colaborando com o delegado do Paraná, onde os boletins foram registrados. A polícia de Santa Catarina está de olho no acusado para que ele seja impedido de realizar golpes na região.