Morar na “Dubai brasileira” é sinônimo de um custo de vida alto. Uma evidência disso é o valor dos aluguéis que subiram desproporcional ao salário mínimo. Apesar de ser uma cidade ótima para morar, bancar o custo de vida não é para qualquer um.
“Não é uma terra de oportunidades, disse o senhor Antônio Mendes, 46 anos, pai de duas meninas. Mendes mora em Balneário há 20 anos. “Quando cheguei aqui era mais fácil me manter mas agora, tenho que trabalhar em dois lugares, minha esposa também tem que trabalhar para podermos bancar os custos de moradia e alimentação. Infelizmente transformaram BC em um lugar só para poucos”, desabafou.
Mendes é um dos tantos moradores da cidade que reclama que em Balneário, apesar de ter vagas de empregos disponíveis no sistema, o salário ofertado não corresponde o padrão de vida local. “Se eu pudesse, trabalharia num só lugar para poder aproveitar com minhas filhas, minha família, mas eles pagam pouco e exigem muito”, desabafou. “Com o que recebo de um emprego pago o aluguel, e com o salário de garçom compro comida”.
Alguns números comprovam o que morador de Balneário Camboriú está falando. O metro quadrado de BC ultrapassou o valor do Rio de Janeiro ranking por metro quadrado residencial mais valorizado, alcançando o segundo lugar da lista ocupado por São Paulo que tem o preço médio de R$ 9.742. A diferença entre as duas cidades é de apenas R$ 45 no valor médio. Os números foram divulgados em março pelo Índice FipeZap.
O relatório da FipeZap também mostra a média ponderada – calculada com base nas 50 cidades monitoradas pelo índice no Brasil e incluindo 16 capitais, que está em R$ 7.941,00. Acima desta média, outras três catarinenses aparecem além de Balneário Camboriú: Itapema (R$ 9.093), Florianópolis (R$ 8.794) e Itajaí (R$ 8.262).
Cidades catarinenses mais valorizadas por M2
- Balneário Camboriú – R$ 9.742
- Itapema – R$ 9.093
- Florianópolis – R$ 8.794
- Itajaí – R$ 8.267
- Joinville – R$ 5.494
- São José – R$ 5.206
- Blumenau – R$ 4.708