Polícia diz que empresários de SC lavaram R$ 700 milhões como financeiro de organização criminosa

A nova fase da operação Pedra Branca da Polícia Civil prendeu três empresários que atuavam em Itajaí e Palhoça na Grande Florianópolis, como responsáveis pelo financeiro de uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas.

As prisões preventivas ocorreram nesta segunda-feira (4), os empresários foram identificados através de investigações da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) e da DEIC (Diretoria Estadual de Investigações Criminais).

De acordo com Claudio Monteiro, delegado da DEIC, essa nova etapa da operação é focada no núcleo financeiro da organização criminosa, responsável por lavar cerca de R$ 700 milhões de reais.

Os empresários atuavam no ramo imobiliário e da construção civil, além de administrarem revendas de veículos, as empresas eram usadas para a lavagem de dinheiro dos traficantes que atuavam no Estado.

Operação Pedra Branca

A primeira etapa da operação Pedra Branca foi deflagrada em dezembro de 2021 para combater a distribuição de drogas em Santa Catarina, as investigações começaram em 2019 quando as equipes da DRE e DEIC realizaram uma operação que resultou na descoberta de um laboratório de produção de drogas sintéticas na praia da Pinheira, em Palhoça.

Na ocasião foram apreendidos diversos equipamentos e insumos para a produção de comprimidos de ecstasy, que tinham como matéria prima o “MDMA”, e foram presas três pessoas. Foi então que os policiais identificaram o fornecedor da matéria prima “MDMA”.

Ainda de acordo com Cláudio Monteiro, o objetivo da operação é desarticular uma quadrilha responsável por grande parte do tráfico de drogas sintéticas em Sana Catarina, com repercussão em outros Estados, principalmente no Rio de Janeiro.

Em dezembro foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão. As buscas ocorreram nas cidades da Grande Florianópolis, além de Itajaí, Balneário Camboriú e Blumenau.
Com os três empresários presos nesta segunda-feira (4), somam nove prisões por meio da operação Pedra Branca, além da apreensão de armas e dinheiro em espécie. Ao longo das investigações, houve várias apreensões de drogas e prisões que estão relacionadas.

Todas elas estão vinculadas à operação Pedra Branca e ao fornecedor de drogas identificado como responsável pela organização criminosa investigada e dono da droga e dos valores apreendidos. Diversos outros homens foram presos na operação e são apontados como integrantes do grupo criminoso.

O homem apontado como fornecedor é conhecido no meio criminoso, levava uma vida regada a luxo, morando em uma residência de alto padrão no bairro Pedra Branca, em Palhoça, e possuindo diversos veículos de luxo, os quais costumava comprar com valores em espécie.

No entanto, após as diversas apreensões realizadas, o chefe acabou fugindo para o Rio de Janeiro, passando a comandar todo o esquema criminoso da casa dele situada em um condomínio de casas, no bairro Barra da Tijuca. O homem está foragido. A mulher dele foi presa em Angra dos Reis.