Pacientes do Hospital Municipal e Maternidade Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú denunciam um possível caso de negligência com uma grávida na manhã desta quarta-feira (7). A jovem acabou dando a luz no carro, em um estacionamento em frente à maternidade.
De acordo com relato da mãe da grávida, durante a madrugada a filha dela, que estava de 41 semanas de gestação, ou seja, pouco mais de 9 meses, chegou ao hospital e foi atendida pela médica de plantão, que afirmou que ela estava com três dedos de dilatação e por isso, sugeriu que ela caminhasse no corredor para facilitar o trabalho de parto.
Algum tempo depois, a médica voltou a examinar a gestante e firmou que ela estava agora com três dedos e meio de dilatação, o que significava que o trabalho de parto estava evoluindo muito devagar e por volta das 5h20 pediu que a gestante voltasse para casa e retornasse após às 7h na troca de plantão.
Ainda de acordo com o relato da avó da criança, mesmo com muita dor, a filha saiu do hospital em direção ao carro que estava em um estacionamento em frente ao hospital. “Ela piorou e aí resolvi chamar ajuda na portaria, lá me disseram que só poderiam ir até o carro com a cadeira se o veículo tivesse parado na porta”, contou a avó, que preferiu não se identificar.
Quando a mulher voltou para o carro, a filha já havia dado à luz. “Foi aí que comecei a gritar do susto de ver ela com o bebê, só aí apareceu socorro. Cortaram o umbigo ali mesmo, achei muita negligência por parte da médica e uma falta de respeito com a gente”, concluiu a avó.
O que diz o hospital
Por meio de nota, o Hospital Municipal e Maternidade Ruth Cardoso afirmou que a gestante foi atendida e decidiu voltar para casa por vontade própria.
“A gestante foi avaliada e, por estar em início de trabalho de parto, foi orientada a caminhar no corredor do hospital para ser reavaliada novamente. Por decisão própria, foi até o carro, onde entrou efetivamente em trabalho de parto, dando a luz e sendo prontamente conduzida ao Centro Obstétrico onde recebeu o atendimento adequado”, afirmou em nota.
