Aprobrava entrega ao Executivo projetos de 3 parques para o Norte da Praia Brava

Representantes da Associação dos Proprietários Praia Brava Norte (Aprobrava) entregaram ao prefeito Volnei Morastoni, aos secretários de Desenvolvimento Urbano e Habilitação de Itajaí e da Indústria, Comércio e Turismo; Rodrigo Lamim e Thiago Morastoni, a proposta de criação e fomento de três parques na região da Praia Brava Norte: o Parque Municipal do Canto do Morcego, Parque Linear da Lagoa do Cassino e Parque da Orla. Juntas, as três áreas somam mais de 130 mil metros quadrados e incluem ainda a morraria da região como áreas de preservação, o que representa significativo acréscimo de área.

O documento foi acompanhado pelos projetos conceituais elaborados por renomados escritórios de arquitetura e paisagismo no Brasil e de que devem resultar em robustos investimentos da iniciativa privada no local. Ao mesmo tempo, solicitaram ao Executivo a possibilidade de rever a implantação de uma área de Proteção Ambiental (APA) da Orla, já que o Plano Diretor já traz grandes acréscimos em defesa do desenvolvimento sustentável do local. As propostas foram muito bem aceitas pelo prefeito e secretários, que garantiram a continuidade das discussões para que os projetos saiam do papel e sejam implementados com a maior brevidade possível.

Celso Rauen, presidente da Aprobrava, diz que o intuito da associação é preservar a área norte da Praia Brava com a criação destes parques e, ao mesmo tempo, agregar valor aos empreendimentos que venham a ser edificados no local, oferecendo opções de lazer com infraestrutura qualificada aos morados e visitantes. Ele garante que os projetos focam a preservação da natureza, com infraestrutura de lazer de qualidade aberta à população. Os projetos preveem a edificação de passarelas, decks, mirantes e outras obras de infraestrutura de forma totalmente harmônica à natureza, gerando o mínimo impacto ambiental.

“A implantação dos parques traz uma possibilidade de preservação e cuidado com relação à exuberância natural do lugar. A implantação de uma APA, por outro lado, envolve grandes riscos burocráticos, de insegurança jurídica e, consequentemente, na falta de investimentos no local”, explica Rauen.

Ele acrescenta que os parques nos moldes em que estão planejados devem fomentar o turismo daquela região, atraindo grandes investimentos em gastronomia, hotelaria e lazer para o norte da Brava e, consequentemente, segurança e conforto para quem frequentar a região. “Inclusive, a rede de hotéis Emiliano, de altíssimo padrão, projeta investir em uma unidade na área”, pontua.

Proposta baseada em modelos de sucesso no planeta

O arquiteto e urbanista Dalmo Vieira Filho, da Secretaria de Urbanismo e Habitação de Itajaí, considera a implementação dos parques como uma excelente alternativa em detrimento da criação de uma APA para a região. “Trata-se de um modelo baseado na prosperidade e não na restrição, que ao mesmo tempo garante a preservação da vegetação da morraria e da orla do Canto do Morcego”. Segundo o especialista, esse modelo de parceria entre poder público e iniciativa privada em defesa do meio ambiente vem sendo adotado em diversas partes do mundo, com ótimos resultados.

O secretário Rodrigo Lamim destaca que a proposta cria áreas de uso social, em que a população poderá ter contato com a natureza e infraestruturas de lazer com segurança e fácil acesso. “Os projetos trazem uma visão de futuro, que garante sustentabilidade ambiental e exploração econômica de forma racional, como vemos em outros locais.”

O prefeito Volnei Morastoni diz que a criação destes parques representa muito mais que a instalação de uma Área de Proteção Ambiental (APA) e se comprometeu a criar uma comissão para discutir a possibilidade junto ao Legislativo, Ministério Público, Judiciário, e também de levar o debate para a sociedade. “Precisamos agora mostrar que esse é um projeto plenamente factível, sustentável nos aspectos ambiental, econômico e social e que garantirá o desenvolvimento de forma organizada para o local.”

Celso Rauen diz que ainda não há um estudo que aponte o volume de investimentos na implantação dos três parques, mas acredita tratar-se de um montante significativo, principalmente em infraestrutura. “São investimentos que o poder público teria muita dificuldade em fazê-los e, principalmente, manter a gestão dos parques, o que fica perfeitamente viável para a iniciativa privada”, cita. Rauen não descarta a participação do município em alguma parceria ou alguma operação urbana consorciada.