Através das redes sociais, a família de Eduarda de Souza Gorgik, de 25 anos, lamentou a morte da mulher neste domingo (14) em Itapema. Ela foi encontrada morta junto com o companheiro Sergio de Souza Corrêa, de 59 anos, dentro de um apartamento de alto padrão. A principal linha de investigação é de feminicídio seguido de suicído.
O homem foi identificado como Sérgio Souza Corrêa, de 59 anos. Sérgio era cantor sertanejo e fazia parte da dupla Sergio Correa e Paulinho.
Ele era empresário em Brusque, no Vale do Itajaí, e foi visto pela última vez por volta das 16h30 de sábado (13), após participar de um churrasco no condomínio em que estava com a mulher. O delegado Ícaro Malveira, responsável pelo caso, informou que já foi instaurado inquérito policial, e que ao final da semana deve ter início a coleta dos depoimentos.
“Já foram requisitadas perícias no local, nos cadáveres, nos aparelhos celulares e na arma de fogo, contudo ainda não há laudos periciais”, afirmou o delegado. A princípio, pela dinâmica da cena do crime, a principal linha de investigação é de feminicídio seguido de suicídio.
Os corpos das vítimas foram liberados para as famílias ainda pela manhã desta segunda-feira (15).
O casal foi encontrado morto em um apartamento no Centro de Itapema, na noite deste domingo (14). A Polícia Militar foi acionada por um funcionário do empresário morto, que ficou preocupado ao perceber que o patrão não o respondia há um tempo.
De acordo com informações do boletim, os agentes já encontraram a porta do apartamento aberta e logo que entraram foi possível avistar a mulher, de 25 anos, e o homem, de 59 anos, mortos, com muito sangue em volta.
Um revólver estava próximo da mão do homem. A área foi isolada e acionada Polícia Civil e IGP (Instituto Geral de Perícias), os quais agente e perito se fizeram presentes, bem como IML (Instituto Médico Legal) que recolheu os corpos.
Os agentes conversaram com o funcionário da vítima, primeira pessoa a entrar no apartamento. Ele contou que tentava confirmar se deveria viajar, mas não conseguia contato com o chefe, quando decidiu ir até o apartamento, pois o empresário nunca havia ficado tanto tempo sem responder.
Ao chegar, viu o celular do chefe e da mulher dentro do hidrante, fato que considerou muito estranho e então chamou a irmã do empresário até o local, pois ela possuía a chave reserva.
Entretanto, os dois não tiveram sucesso, pois o imóvel estava trancado por dentro, então decidiram arrombar a porta, mas também não conseguiram, quando então utilizaram do apartamento do vizinho, para entrar até a sacada do apartamento.
O funcionário precisou quebrar o vidro da sacada, no que ficou com lesão leve na mão e respingou sangue no apartamento. Foi quando ele viu os corpos e a arma, abriu o apartamento por dentro e depois acionou a Polícia Militar.
Os policiais destacaram que, pela cena, o crime aparentava ter ocorrido já há um bom tempo, pois o cheiro estava forte, o sangue seco e ambos esbranquiçados.
Os vizinhos disseram ter visto o casal pela última vez na tarde de sábado (13), quando eles estariam presentes em um churrasco no salão de festas do edifício com outros condôminos
Ninguém ouviu disparo, ou alguma briga, bem como ao buscarem as câmeras, o único fato que viram foi o casal descendo do elevador às 16h30 do sábado.
Após isso, a mulher saiu sozinha ao corredor às 17h23 e guardou dois celulares na caixa de hidrante. Depois, ela retornou para o apartamento e os dois não foram mais vistos.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as mortes. A arma encontrada no local do crime já foi apreendida, assim como os celulares. As testemunhas serão ouvidas e a investigação realizada durante a semana.
“Conclusões sobre o fato somente ao final do Inquérito e com a finalização das perícias”, traz a nota da Polícia Civil.