O Conselho de Administração do Banco Mundial aprovou hoje um novo investimento para atualizar os sistemas de transporte no estado de Santa Catarina, no Brasil, desenvolvendo uma rede integrada de trânsito e mobilidade em 11 municípios para conectar comunidades carentes com mais empregos, serviços públicos e outras oportunidades. Aproximadamente 592.000 pessoas se beneficiarão de melhores opções de transporte sustentável.
O Projeto de Mobilidade Sustentável Integrada da Região de Foz do Rio Itajaí (PROMOBIS) tem como alvo os municípios de Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Bombinhas, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luiz Alves, Navegantes, Penha e Porto Belo, que compõem a Associação de Municípios da Região de Foz do Rio Itajaí (AMFRI).
Atualmente, a região não possui uma rede integrada de transporte público que conecte a população entre os municípios. Os residentes dependem predominantemente de veículos motorizados particulares para o deslocamento para a escola, trabalho e outros destinos. Essa rápida taxa de crescimento da motorização tem exacerbado as emissões de GEE.
Para resolver essas lacunas, o projeto desenvolverá o primeiro sistema Bus Rapid Transit (BRT) da região, que operará exclusivamente com ônibus elétricos, ajudando a implementar o plano de mobilidade regional da AMFRI. O projeto também investirá em medidas de segurança rodoviária e na construção e manutenção de ciclovias, ciclovias e instalações para pedestres. Essas melhorias estarão situadas ao longo do novo BRT para melhorar a acessibilidade e a conectividade para comunidades de baixa renda. Estes são particularmente significativos para populações de baixa renda, bem como para mulheres, jovens, refugiados, migrantes e indivíduos com desafios de mobilidade, que muitas vezes dependem mais do transporte público, ciclovias e passarelas para alcançar o emprego e serviços vitais.
O projeto também estabelecerá um centro de controle BRT para apoiar o gerenciamento integrado de desastres e a resposta a emergências. Em todas as etapas, o projeto enfatiza a construção de infraestrutura que pode mitigar e suportar os impactos das mudanças climáticas, reduzindo as emissões e melhorando a qualidade do ar, incentivando uma mudança do transporte privado para o público.
Dentro deste projeto, o Banco Mundial também está realizando estudos em consideração à construção de um túnel fluvial entre Navegantes e Itajaí; este túnel provavelmente seria desenvolvido como uma parceria público-privada (PPP) apoiada pelos municípios e pelo Governo do Estado.
“PROMOBIS representa, para a Região de Foz do Rio Itajaí, uma mudança de paradigma nos padrões de mobilidade intermunicipal. O conjunto de soluções que serão implementadas beneficiará todos os cidadãos da região indiscriminadamente, oferecendo mais qualidade de vida, maior sustentabilidade ambiental, promovendo o desenvolvimento econômico, gerando assim novos empregos e novas oportunidades de empreendedorismo. Não temos dúvidas de que o PROMOBIS será o marco inicial de uma nova era de prosperidade”, disse Erico de Oliveira, prefeito de Ilhota e presidente do Consórcio Intermunicipal Multifuncional da Região AMFRI (CIM-AMFRI).
“Este é o primeiro projeto do Banco Mundial no Brasil em colaboração com um consórcio de municípios, significando uma nova abordagem para fornecer aos nossos clientes apoio financeiro e experiência. A atualização da mobilidade urbana na região de Foz do Rio Itajaí melhorará a vida das pessoas mais pobres e vulneráveis da região, que dependem desproporcionalmente do transporte público, da caminhada e do ciclismo para chegar aos seus empregos, escolas, clínicas de saúde e outros serviços”, disse Johannes Zutt, Diretor do País do Banco Mundial para o Brasil.
O projeto abrange um empréstimo de US$ 90 milhões do Banco Mundial. Os municípios contribuirão com mais US$ 30 milhões para o projeto. Além disso, o projeto prevê atrair US$ 42 milhões de investimentos do setor privado, com discussões em andamento com o Governo de Santa Catarina sobre potencial apoio financeiro.
O empréstimo de spread variável tem um prazo final de 22 anos, incluindo um período de carência de 7 anos.