Segundo suspeito de matar colega de trabalho é preso em rodoviária de BC

Foi preso, nesta quinta-feira (18), em Balneário Camboriú, o segundo suspeito de envolvimento na morte de um cubano, de 59 anos, durante uma briga entre colegas de trabalho dentro de uma empresa em Tijucas, na Grande Florianópolis. O cearense, de 36 anos, foi localizado pela Guarda Municipal.

Segundo informou o delegado Rodrigo Dantas, responsável pela investigação do caso, o suspeito estava em frente à rodoviária de Balneário Camboriú, e, ao que tudo indica, tentava embarcar para seu estado natal.

O investigado deverá ser ouvido ainda nesta quinta-feira (18) pela Polícia Civil. Como ele não teve sua identidade revelada, a reportagem não conseguiu localizar a defesa.

O primeiro suspeito, um venezuelano de 27 anos, foi preso na quarta-feira (17), em Tijucas, local onde ocorreu o crime. Segundo a Polícia Civil, o homem estava escondido em uma área de mata quando foi encontrado pelos policiais.
Os dois suspeitos e a vítima trabalhavam em uma fabricava artefatos de cimento em Tijucas. O crime ocorreu enquanto eles trabalhavam, na noite do último sábado (13), após um desentendimento. Imagens de câmeras de segurança mostram que o trio entrou em um cômodo, mas só dois deles saíram do local.

O corpo da vítima foi encontrado pelo proprietário da empresa. Conforme relatado à PM, ele teria ido até o local e notado que o cadeado do portão estava trocado, sendo necessário rompê-lo para conseguir entrar. Ao adentrar no prédio viu que havia sangue no local, avistando o funcionário morto logo em seguida, e então acionou a polícia.

A Polícia Civil segue investigando o caso para apurar qual teria sido a motivação do crime, e o motivo pelo qual os colegas de trabalho teriam iniciado a discussão.

No interrogatório, o venezuelano – preso na quarta-feira (17) – afirmou ser inocente. Segundo o delegado, o suspeito afirmou que a briga começou após a vítima, que estava bêbada, pegar o celular de sua mão. Ele teria então partido para cima do cubano e o agredido com socos.

No entanto, conforme ele relatou ao delegado, a briga teria continuado com o cearense, com quem a vítima nutria uma desavença antiga. Em seu depoimento, venezuelano alegou ainda que não foi responsável pelos golpes de faca que mataram a vítima dentro do alojamento.

O suspeito disse também que era ameaçado de morte e teria sido obrigado pelo colega a ficar escondido na mata.

O delegado, no entanto, afirmou que as investigações contestam a versão do suspeito. “No início cogitava-se que apenas um suspeito teria cometido o crime, mas, à medida que a análise vai evoluindo, a gente consegue ter fortes elementos de que ambos golpearam a vítima”.

E concluiu: “Pela dinâmica do ocorrido, certamente o corpo foi arremessado. Eles sairiam pela janela, depois retornaram para dentro do alojamento, tentaram limpar o sangue da vítima e, posteriormente, saíram juntos.