Foi preso, nesta quinta-feira (18), em Balneário Camboriú, o segundo suspeito de envolvimento na morte de um cubano, de 59 anos, durante uma briga entre colegas de trabalho dentro de uma empresa em Tijucas, na Grande Florianópolis. O cearense, de 36 anos, foi localizado pela Guarda Municipal.
Segundo informou o delegado Rodrigo Dantas, responsável pela investigação do caso, o suspeito estava em frente à rodoviária de Balneário Camboriú, e, ao que tudo indica, tentava embarcar para seu estado natal.
O investigado deverá ser ouvido ainda nesta quinta-feira (18) pela Polícia Civil. Como ele não teve sua identidade revelada, a reportagem não conseguiu localizar a defesa.
O corpo da vítima foi encontrado pelo proprietário da empresa. Conforme relatado à PM, ele teria ido até o local e notado que o cadeado do portão estava trocado, sendo necessário rompê-lo para conseguir entrar. Ao adentrar no prédio viu que havia sangue no local, avistando o funcionário morto logo em seguida, e então acionou a polícia.
A Polícia Civil segue investigando o caso para apurar qual teria sido a motivação do crime, e o motivo pelo qual os colegas de trabalho teriam iniciado a discussão.
No interrogatório, o venezuelano – preso na quarta-feira (17) – afirmou ser inocente. Segundo o delegado, o suspeito afirmou que a briga começou após a vítima, que estava bêbada, pegar o celular de sua mão. Ele teria então partido para cima do cubano e o agredido com socos.
No entanto, conforme ele relatou ao delegado, a briga teria continuado com o cearense, com quem a vítima nutria uma desavença antiga. Em seu depoimento, venezuelano alegou ainda que não foi responsável pelos golpes de faca que mataram a vítima dentro do alojamento.
O suspeito disse também que era ameaçado de morte e teria sido obrigado pelo colega a ficar escondido na mata.
O delegado, no entanto, afirmou que as investigações contestam a versão do suspeito. “No início cogitava-se que apenas um suspeito teria cometido o crime, mas, à medida que a análise vai evoluindo, a gente consegue ter fortes elementos de que ambos golpearam a vítima”.
E concluiu: “Pela dinâmica do ocorrido, certamente o corpo foi arremessado. Eles sairiam pela janela, depois retornaram para dentro do alojamento, tentaram limpar o sangue da vítima e, posteriormente, saíram juntos.