A mãe de uma estudante autista, de 11 anos, que estuda na rede municipal de Balneário Camboriú, denuncia uma série de agressões por parte das colegas de sala da menina.
A menina estuda em uma escola municipal no bairro de Balneário Camboriú. A mãe relata que, após abrir reclamação na direção da escola para que medidas fossem tomadas para encerrar as agressões, teria sido ameaçada pela diretora.
Em vídeo postado nas suas redes sociais, a mãe diz que também é autista e dá detalhes sobre como as agressões ocorriam.
“[A aluna agressora] bate com a cabeça da minha filha na cadeira, na mesa. Atira minha filha no chão, puxa os cabelos da minha filha até ela cair”, relata a mãe.
Em boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, a mãe conta que a filha sofria as agressões na escola, mas não dizia nada em casa. A descoberta foi feita após a mãe verificar mensagens no celular na filha.
Na denúncia, ela relata ter ido até a escola e visto, através de imagens das câmeras de segurança, as agressões ocorrendo na sala de aula em um momento que a professora deixa os alunos sozinhos. As imagens, segundo a mãe, são do dia 8 de agosto.
A mãe teria solicitado imagens, mas teve o pedido negado pela direção, que teria alegado somente disponibilizar as imagens mediante autorização judicial. Ela também disse que as diretoras entendiam o caso como “apenas uma brincadeira de escola”.
Em outro boletim de ocorrência, registrado cinco dias depois, ela denuncia que a diretora da escola teria procurado os familiares e, em tom de ameaça, teria dito para “tomar cuidado para não se meter em confusão”.
Após o boletim de ocorrência, a filha foi submetida a um exame de corpo de delito no dia 13 de agosto.
No exame, a perícia constatou que a criança apresenta hematomas, equimoses e escoriações nas regiões da cabeça, braços, mãos, costas e joelhos, resultantes de ações contundentes contra a integridade física da menina.