O prefeito eleito Leonel Pavan esteve reunido com a Promotora de Justiça do MPSC, Tehane Tavares Fenner, responsável pela área da cidadania e saúde no município, para falar sobre o Hospital de Camboriú.
Atualmente o Hospital encontra-se alugado para o município de Camboriú, e vem realizando cerca de 315 cirurgias eletivas/mês, sendo que 91% da população camboriuense não possui plano de saúde, ou seja, são dependentes do SUS.
O hospital é gerido por Cristiane Machado, mas a Fundação Hospitalar de Camboriú foi extinta e o patrimônio do Hospital Cirúrgico de Camboriú (HCC) estaria na eminência de ir a leilão para pagar dívidas. Daí a preocupação do prefeito eleito em adquiri-lo em definitivo para o Município.
Para isso, foi contratado um liquidante que está gerindo os bens da instituição, que deve vender todo seu patrimônio a fim de saldar suas dívidas com os credores, dívida, aliás, que já ultrapassa o montante de R$ 17 milhões de reais.
O maior credor da fundação é a União, com quem a instituição tem dívidas trabalhistas que vem sendo pagas pelo liquidante. Inclusive outras dívidas de altos valores, R$ 3.598.864,87 que estão sendo pagas pelo aluguel do Hospital; dívidas tributárias somam R$ 5.874.806,52; com credores ME/EPP somam R$ 122.940,58; credores quirografários, R$ 1.726.508,83; sendo que só em juros e multas os valores totalizam cerca de R$ 6.166.084,90.
O prefeito eleito Leonel Pavan, que assume em 1º de janeiro, afirmou que existe a possibilidade de o Município comprar o hospital pelo valor da dívida. A promotora garantiu que nenhuma decisão sobre o hospital será tomada sem a participação da equipe de transição do novo governo e que todas essas disposições serão tomadas em conjunto.