Nesta quinta-feira (11), a Polícia Civil catarinense identificou uma organização criminosa formada por estelionatários que agia em diferentes Estados do Brasil, na prática do golpe do “motoboy”. Em Santa Catarina, eles agiram principalmente em Florianópolis e Balneário Camboriú.
No golpe, uma das autoras se passa por telefonista de uma instituição financeira e entra em contato com as vítimas, geralmente idosos, informando que seus cartões de crédito haviam sido clonados. Em seguida, outro criminoso se passa por funcionário da instituição bancária e deslocava-se até a residência da vítima para coletar o cartão.
Na frente da vítima, o “motoboy” cortava o cartão com a intenção de tranquilizar o cliente bancário, mas com cuidado para não danificar o chip. Assim, os estelionatários realizavam inúmeras compras em estabelecimentos ou os cartões eram passados em máquinas de cartão dos próprios criminosos.
Movimento de R$ 2 milhões em conta
Somente em dois meses, um dos integrantes da organização movimentou mais de R$ 2 milhões em apenas uma das diversas contas que possuía. Os autores são jovens de classe média e são considerados foragidos.
A investigação começou em dezembro de 2020, com a prisão em flagrante de um dos coletores de cartão em um edifício de luxo, em Florianópolis. Após meses de diligências, foi possível qualificar os principais membros e representar pelas respectivas prisões preventivas, bloqueio de ativos financeiros e outras medidas cautelares, que foram deferidas pelo Poder Judiciário. A ação da 5ª delegacia da Capital teve o apoio do Laboratório de Lavagem de Dinheiro da DEIC/PCSC.