Casal encontra substância semelhante ao âmbar cinza, conhecido como ‘vômito de baleia’, que pode valer milhões

Francisco Brites, instrutor de boxe, estava treinando com a esposa, Vanessa Borba, na Praia do Poá, em Penha, quando achou uma pedrinha diferente na areia da praia. Ele acredita que se trate do âmbar cinza, conhecido como ‘vômito de baleia’, substância rara e valiosa que já deixou três pessoas milionárias na Tailândia.

Ele já tinha visto o caso do morador de Itajaí que encontrou uma pedra semelhante ao âmbar na Praia de Cabeçudas. A pedra que Francisco encontrou é bem parecida com aquela, o que despertou a curiosidade dele e da esposa.

“O mar estava bem agitado, então tinha muitos galhos na praia, e eu acho que foi isso que trouxe a pedra pra praia”, conta. Ele correu para pegar a pedra, que segundo ele “era bem cheirosa”, e flutuava no mar.

Francisco agora quer levar a pedra ao Museu Oceanográfico da Univali, para que os biólogos possam identificar e dizer se é ou não a substância que pode deixá-lo milionário. “Tomara que seja”, torce.

‘Vômito’ valioso

A substância expelida pela baleia cachalote é muito valorizada e utilizada por fabricantes de perfumes caros, como os franceses. É chamada âmbar cinza, um poderoso fixador para as essências mais caras do mundo. Pela raridade, os valores pagos a quem encontra o tesouro são altos.

O curador do museu de oceanografia da Univali (Universidade do Vale do Itajaí), Jules Soto, afirma que apesar de difícil, é possível encontrar a substância expelida pelas baleias cachalotes.

“É pouco provável, mas não é impossível. Como nós temos uma plataforma continental bem larga, os cachalotes são frequentes na costa catarinense, só que bem ao largo, além de 200 km da costa, aí que elas começam a aparecer. É uma rota de imigração deles aqui. Já aconteceu um encalhe de cachalotes em Balneário Camboriú”, explicou o curador.

 

Via:ND