Os três suspeitos pela morte de Amanda Albach Silva que já estão em prisão preventiva foram denunciados nesta terça-feira (25/1) pela 2ª Promotoria de Justiça de Imbituba pelos crimes de tortura, cárcere privado, homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. A denúncia já foi recebida pela Justiça.
Segundo a ação penal pública, os três teriam matado a jovem de 21 anos por acreditarem que a vítima faria parte de um plano orquestrado por uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas para executá-los, o que teria motivado os crimes.
As investigações reuniram provas da autoria e das circunstâncias dos crimes que indicariam a participação dos três na tortura, no cárcere privado, no homicídio de Amanda e na ocultação do cadáver dela.
Segundo o que foi apurado, a vítima teria vindo do Paraná, onde morava, passar o feriado de 15 de novembro na casa em que a acusada, que era sua amiga, morava com o companheiro e o cunhado. Amanda e os suspeitos, no dia 14 de novembro, foram a uma festa em Florianópolis. Ao retornarem para Laguna, já no dia 15, os três denunciados mantiveram a vítima sob cárcere privado na casa, pois passaram a desconfiar que Amanda teria envolvimento com uma facção criminosa e participaria de uma emboscada contra eles.
Das 11h às 19h, além de mantê-la encarcerada, os três a teriam mantido sob a ameaça de uma arma de fogo e infringido intensa tortura mental para que ela falasse sobre a suposta armadilha.
Após mantê-la sob cárcere privado e a torturarem por cerca de oito horas, os dois homens e a mulher teriam amordaçado a vítima e a levado até a praia de Itapirubá do Norte, em Imbituba, onde ela foi morta, com um tiro na cabeça. O corpo foi enterrado no local da execução, em uma cova cavada na areia da praia.
Diante das circunstâncias do assassinato, a Promotora de Justiça Gabriela Arenhart denunciou os três por homicídio duplamente qualificado, já que o crime foi cometido por motivo torpe e sem dar chances de defesa a Amanda, que estava sozinha, amordaçada e foi levada a um lugar ermo.
Os suspeitos, agora réus na ação penal, também foram denunciados pelos crimes de cárcere privado, tortura e ocultação de cadáver.
O Ministério Público requer que os acusados sejam levados a julgamento pelo Tribunal do Júri e também postula indenização aos herdeiros da vítima.
Na semana passada, o suspeito que estava em prisão temporária e a companheira e o irmão dele – que chegaram a ser presos temporariamente, mas haviam sido liberados no decorrer das investigações – tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça após pedido da polícia e manifestação favorável do Ministério Público. A mulher e o homem que estavam livres foram presos na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, na última sexta-feira (21/1).