Camboriú é pioniera em SC no modelo de palestras e debate sobre violência contra as mulheres

Cerca de 10.300 alunos do ensino fundamental e do ensino médio, matriculados em 21 escolas das redes municipal, estadual e federal – localizadas em Camboriú –, participaram de palestras e debates sobre violência doméstica contra as mulheres.

Inédita neste formato no Brasil, a iniciativa foi liderada pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Cevid), do TJSC, em parceria com a Secretaria de Educação do Município, Ministério Público, Ordem dos Advogados e Polícias Civil e Militar, além de outros órgãos da rede de apoio.

O objetivo é estimular a reflexão e o debate e, a partir daí, formar pessoas conscientes, empáticas e comprometidas com a construção de relações saudáveis e livres de qualquer forma de violência. Ao todo, ao longo de dois meses, foram 117 palestras em dois formatos – um para os alunos do 5º e 6º anos, e outro para as turmas do 7º, 8º e 9º anos.

Após as palestras, os professores e professoras desenvolveram com os alunos, já em sala de aula, rodas de conversa nas quais os adolescentes puderam expressar suas dúvidas, compartilhar experiências e refletir sobre a importância de relacionamentos saudáveis. As atividades iniciaram no dia 17 de abril e encerraram nesta semana. A ideia do TJ, no entanto, é levar esta experiência para outras cidades do Estado.

A secretária de Educação de Camboriú, Maria Alice Pereira, ressaltou que a continuidade do assunto em sala de aula tem sido prioridade para os professores. “Eles têm utilizado estratégias diferenciadas, como vídeos curtos e didáticos, dinâmicas e orientações adequadas à faixa etária dos alunos, a fim de proporcionar uma compreensão mais clara sobre o tema e incentivar a adoção de atitudes positivas em relação à prevenção da violência doméstica e familiar”, afirmou.

Para Sirlei Albino, diretora do Instituto Federal Catarinense, campus Camboriú, “palestras como esta são de grande relevância para que os jovens fiquem atentos a qualquer sinal de violência, independentemente de ser contra um ente querido ou um desconhecido”.