Servidores da Receita Federal apresentaram na quinta-feira (16) os resultados da segunda fase das operações Hemorragia e Alcatraz. Os dois casos têm agentes públicos em comum, além de pessoas a eles relacionadas.
Ambas as operações começaram após fiscalizações da Receita Federal e foram identificados indícios de que, além do crime de sonegação fiscal, foram cometidos atos ilícitos, como pagamento de propina e desvio de dinheiro público. Com isso, foram iniciadas investigações criminais, que culminaram na deflagração da fase ostensiva das operações, com participação da Receita, Polícia Federal, MPF (Ministério Público Federal) e TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Na área tributária, graças às duas operações, foi possível recuperar R$ 24 milhões apenas na segunda fase. Consolidadas as duas fases, a Receita apurou R$ 128 milhões em créditos tributários, dos quais cerca de 60% foram pagos ou parcelados, totalizando mais de R$ 76,8 milhões.
Fiscalização
Conforme o auditor fiscal Rogério Penna, supervisor das operações, nesta fase, foram fiscalizadas 20 pessoas e empresas. Enquanto na primeira fase foram encontradas empresas que recebiam recursos públicos, após serem contratadas, e que escoavam dinheiro, quase sempre em espécie, simulando operações de consultoria com empresas de fachada, na segunda fase foi identificado o outro lado do processo de lavagem de dinheiro.