Granizo em pleno mês de janeiro na serra, frio no verao e chuva que não para.
Mas afinal, o que explica esta quantidade atípica de eventos extremos em período tão curto de tempo?
De acordo com uma especialista esses efeitos são um reflexo de um desequilíbrio climático que ocorre em todo planeta.
A professora da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), especializada em geociências, meteorologia e climatologia, explica que, apesar de esperados, os eventos extremos em Santa Catarina estão ocorrendo em uma frequência muito maior do que o normal.
“De vez em quando você pode ter sim uma variação para cima ou para baixo nas temperaturas, um evento extremo aqui, outro ali… mas o que a gente está vendo são extremos mais frequentes do que o esperado”, diz.
Segundo Hirota, há uma explicação física para isso. “Imagine que você tenha um lago, que está parado, em perfeito equilíbrio. Agora pense que você, externamente, perturbe esse sistema, jogando uma pedra. Isso vai gerar uma leve oscilação, uma onda. Então imagine que você jogue outra pedrinha, e outra, e outra… vão se formar várias ondas, e elas depois vão interferindo umas nas outras até causar algumas anomalias”, exemplifica.
De acordo com a professora, o que acontece no planeta Terra, de forma geral, é parecido com esta analogia, de acordo com a professora da UFSC.