Após quase cinco horas de discussão, os integrantes da CCJ aprovaram, por 39 votos a 25, o relatório que recomendou a manutenção da prisão preventiva de Brazão, determinada no fim de março pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Tanto a presidente da comissão, Carol de Toni (PL), quanto o relator do caso, Darci de Matos (PSD), são deputados federais de Santa Catarina. A bancada catarinense na CCJ é composta ainda por outros quatro deputados titulares e um suplente.
Três parlamentares catarinenses votaram a análise do caso na CCJ: Cobalchini (MDB) e Darci de Matos (PSD), votaram a favor da prisão, enquanto a deputada Júlia Zanatta (PL) votou contra. A presidente, Carol de Toni (PL), não votou.
Em seu posicionamento, o relator, Darci de Matos (PSD), destacou que a decisão pela prisão de Chiquinho foi aprovada por unanimidade pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.
“A Polícia Federal indica expressamente que até os dias atuais os investigados criaram obstáculos à investigação. Contra fatos, não há argumentos”, declarou Matos.
Relembre o caso
Chiquinho Brazão é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.
O deputado foi detido no último dia 24 de março pela Polícia Federal (PF) junto com o irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio.
Além deles, outros quatro suspeitos estão detidos:
- Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos;
- Élcio de Queiroz, que confessou ter dirigido o carro usado na execução;
- Edilson Barbosa dos Santos, apontado como o responsável por desmanchar o carro usado no dia do assassinato;
- Suel, acusado de ceder um carro para Lessa esconder as armas usadas no crime.
Votação pela manutenção da prisão de Chiquinho Brazão
A favor da prisão
- Ana Paula Lima (PT);
- Darci de Matos (PSD);
- Fábio Schiochet (União);
- Gilson Marques (Novo);
- Ismael (PSD);
- Pedro Uczai (PT);
- Valdir Cobalchini (MDB).
Contra a prisão
- Caroline de Toni (PL);
- Daniel Freitas (PL);
- Daniela Reinehr (PL);
- Geovania de Sá (PSDB);
- Jorge Goetten (PL);
- Julia Zanatta (PL);
- Rafael Pezenti (MDB);
- Zé Trovão PL (PL).
Não estava presente
- Carlos Chiodini (MDB)