A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou nesta quarta-feira,29, a segunda fase da Operação Presságio. Estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão, nas cidades de Florianópolis, Palhoça e Balneário
Camboriú.
Participaram da Operação um total de 54 (cinquenta e quatro) Policiais Civis das diversas delegacias especializadas da DEIC – Diretoria Estadual de Investigação Criminal.
Segundo o site ND Mais, o ex-secretário de Turismo, Cultura e Esporte de Florianópolis, Ed Pereira, foi preso por suspeita de corrupção. Conforme a Polícia Civil de Santa Catarina, ainda há novos mandatos para serem cumpridos ao longo do dia.
Ed é apontado em diversos áudios obtidos no celular de Renê Raul Justino, à época diretor de Projetos da Fundação Franklin Cascaes, como — supostamente — recebedor de dinheiro público.
Na primeira fase da Operação, deflagrada em 18 de janeiro, foram feitos após os 24 mandados de buscas e apreensões realizados pela Polícia Civil, análises feitas em celulares, documentos e computadores apreendidos.
A operação investiga crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro que podem ter sido cometidos por Fábio, Ed e Samantha Brose, em parceria com indivíduos do setor privado.
O juiz prorrogou o afastamento de Ed Pereira, Fábio Braga e Samantha Brose de cargos públicos, conforme pedido da Polícia Civil.
Segundo a investigação policial, a quebra de sigilo bancário de Samantha revela movimentações financeiras suspeitas. Apesar de possuir uma renda próxima a um salário mínimo, foram identificados R$ 324.745,17 em transações durante o período sob investigação, iniciado em 2021. A defesa do casal afirma que Ed Pereira possui fontes de renda totalmente lícitas e argumenta que o caso será esclarecido.
Outro ponto relevante são os 55 depósitos em dinheiro vivo na conta de Samantha, totalizando R$ 90.560,00. Alguns desses depósitos coincidem com saques realizados em Florianópolis pelo advogado Andrey Cavalcante de Carvalho, também alvo da operação.
Polícia acredita que dinheiro beneficiava Ed
As autoridades policiais indicam que os recursos destinados a Samantha, na verdade, beneficiavam seu esposo, Edmilson Pereira, conhecido como Ed Pereira.
As transações no valor de R$ 16 mil realizadas por René Raul Justino, atual Diretor de Projetos da Fundação Franklin Cascaes, vinculada à Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer liderada por Edmilson, também estão sob minucioso exame, suspeitando-se que possam ter sido encaminhadas para Ed por meio de Samantha.
René, reconhecido por sua proximidade com Edmilson e por atuar como assessor parlamentar, também é objeto de investigação.
Há suspeitas de que Gilliard possa ter atuado como intermediário de um agente político, recebendo possíveis valores de corrupção para repassar a Edmilson Pereira.
O valor da transferência, abaixo do limite de R$ 50 mil que demanda comunicação obrigatória ao COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), sugere uma possível tentativa de contornar regulamentações devido à origem ilícita dos fundos.
Além disso, Gilliard é identificado como remetente de oito transferências para Samantha Brose, totalizando R$ 2.726, reforçando a suspeita de ocultação do fluxo financeiro até Edmilson Pereira, por meio das contas de sua esposa.