O vereador Cristiano do PSD assinou o pedido de abertura da CPI que vai investigar a Emasa. Essa era sétima última assinatura necessária para instalação da CPI.
A partir de agora, por representação partidária, a Comissão Parlamentar de Inquérito será formada.
A proposta inicial foi em fevereiro de 2023, pelo vereador André Meirinho (PP).
A CPI, que já está protocolada, tem o objetivo de investigar os serviços de saneamento, a gestão e omissões em relação a Estação De Tratamento de Esgoto (ETE), no bairro Nova Esperança, que ocasionou a falta de balneabilidade na Praia Central conforme o relatório dos últimos anos do Instituto Meio Ambiente (IMA).
“A ETE, que chegava até 98% de eficiência, passou em 2020 a operar com baixa eficiência chegando a 1% em janeiro de 2024, além do relatório do IMA que apontou que a situação da estação estava catastrófica, mais as divergências entre o IMA e a Emasa nos relatórios de balneabilidade, água cinza no Rio Camboriú e a nossa Praia Central imprópria para banho nas últimas temporadas. Fora isso, até agora a estação ainda está operando com eficiência de 61% e moradores dos bairros próximo a ETE e ao Rio Camboriú reclamam frequentemente do odor, inclusive fizeram um abaixo assinado com mais de 500 assinaturas e me entregaram na Câmara. Isso é um problema de saúde pública, meio ambiente e que afeta também a economia, turismo e reputação da nossa cidade”, explicou o vereador autor da CPI.
Além disso, a Prefeitura vem transferindo recursos da Emasa para outras áreas, que totalizam mais de R$ 100 milhões nos últimos anos.
“Esses recursos poderiam ter sido investidos em água e esgotamento sanitário, mas além de transferir, o governo ainda mandou para a Câmara um pedido de empréstimo para cobrir o rombo. Também temos a primeira obra na lagoa de aeração que não deu certo e que os contribuintes pagaram em torno de R$ 5 milhões, mais a obra emergencial feita no final de 2023, com dispensa de licitação, e que custou em torno de R$ 4 milhões, e os indícios de transformar a Emasa em sociedade de economia mista, fazer concessão, parceria público privada ou privatizar como ‘soluções’ para a baixa qualidade dos serviços prestados e limitações de gestão. Com a CPI poderemos buscar a verdade e dar uma resposta para a população. E agradeço o apoio dos vereadores que assinaram e da comunidade que foi perseverante e cobrou providências para que a CPI fosse aberta”, completou Meirinho.
O parlamentar lembrou que além da CPI, em fevereiro de 2024, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) recorreu à Justiça para que a Emasa cumprisse integralmente o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado em dezembro de 2022, e a Promotoria de Justiça também requereu à Delegacia de Polícia a instauração de inquérito policial para apurar a responsabilidade da empresa no despejo de esgoto in natura no Rio Camboriú.
*Como funciona a CPI*
Com as sete assinaturas, o presidente da Câmara de Vereadores tem dez dias para instaurar a CPI e anunciar na próxima sessão a constituição dos membros da comissão proporcionalmente de acordo com a bancada dos partidos. Depois se iniciam atividades, com definição de presidente e relator, e então a abertura dos trabalhos para confrontar informações e ouvir as pessoas envolvidas. A CPI tem duração de 90 dias, podendo ser prorrogada por igual período.
Confira os vereadores que assinaram a CPI do Saneamento:
André Meirinho (PP)
Patrick Machado (PDT)
Juliana Pavan (PSD)
Eduardo Zanatta (PT)
Lucas Gotardo (NOVO)
Alessandro Teco (DC)
Cristiano (PSD)