A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), emitiu uma uma nota de alerta, orientando os municípios catarinenses a intensificarem a vacinação contra a doença. “É importante que sejam estabelecidas estratégias para imunizar a população mais exposta, como aqueles que residam, trabalhem ou frequentem áreas rurais ou silvestres. Além disso, é necessário realizar o bloqueio vacinal na notificação das epizootias, em um raio de 300 metros de onde a epizootia foi registrada, para busca de não vacinados”, alerta Arieli Fialho, gerente de imunização da DIVE/SC.
Além disso, no documento, a DIVE/SC destaca a importância da notificação das epizootias. “Quando um macaco doente ou morto é localizado é importante comunicar a secretaria municipal de saúde. Quem preferir pode ainda utilizar um aplicativo de celular, o SISS-Geo, que permite a transmissão de forma ágil dos dados”, destaca João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.
O período de maior transmissão da febre amarela começou em dezembro e segue até maio e, neste ano, há a confirmação de novas rotas de circulação viral no estado.
As regiões de saúde de Xanxerê, Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Planalto Norte e Serra Catarinense identificaram epizootias (morte ou adoecimento de macacos) confirmadas para a doença no período de monitoramento que se iniciou em julho/2020 e se estende até junho/2021.
Outro ponto importante são as notificações de macacos mortos registradas na região da Grande Florianópolis e Sul do Estado sinalizam para a possibilidade de circulação do vírus nestes locais.
Febre amarela em SC
O último boletim epidemiológico divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) sobre a febre amarela revela que 23 macacos morreram por conta da doença no estado neste ano.
Além disso, dois casos humanos já foram confirmados. O primeiro, registrado em janeiro, foi de uma moradora de Taió, região do Alto Vale do Itajaí, de 40 anos. O segundo foi confirmado em março, sendo de um homem, de 62 anos, morador de Águas Mornas, na Grande Florianópolis. Ambos não tinham registro de vacina.
As formas graves da febre amarela acometem entre 15% a 60% das pessoas com sintomas que são notificadas durante epidemias, com evolução para óbito entre 20% e 50% dos casos. A vacina é a melhor maneira de prevenção contra a doença, sendo altamente imunogênica e segura. A cobertura vacinal em Santa Catarina é de 76,74%.
A febre amarela é doença infecciosa febril aguda. Em ambiente silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus. Por isso, os macacos, que vivem no mesmo ambiente que os mosquitos, são as primeiras vítimas da doença.
No ciclo urbano, o vírus é transmitido ao homem pelo mosquito Aedes aegypti. O Brasil não registra febre amarela urbana desde 1942. Os principais sintomas são: início abrupto de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas e no corpo, náuseas e vômitos, fraqueza e cansaço, dor abdominal e icterícia (pele amarelada). Ao apresentar algum sinal ou sintoma, é importante procurar atendimento médico.