O presidente Jair Bolsonaro visitou hoje (7) o município de Chapecó, na região oeste de Santa Catarina, para conhecer o Centro Avançado de Atendimento Covid-19. A unidade foi desativada após a alta e a transferência de pacientes para outros setores.
Bolsonaro voltou a defender o tratamento off-label de infectados com covid-19. O medicamento chamado off-label é aquele prescrito pelo médico que diverge das indicações da bula. Desde o início da pandemia, no ano passado, o presidente defende o uso dessas medicações como, por exemplo, a hidroxicloroquina, que não tem eficácia científica comprovada contra a doença, mas pode ser prescrita por médicos com a concordância do paciente.
“É um direito e dever do médico, ele tem que buscar uma alternativa”, disse Bolsonaro. “Hoje têm aparecido medicamentos ainda não comprovados que estão sendo testados, e o médico tem essa liberdade, tem que ter”, completou.
De acordo com o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, a estrutura do Centro Avançado de Atendimento Covid-19 foi montada em momento crítico de falta de leitos com ajuda de empresários da cidade, que doaram R$ 2,5 milhões. A unidade passou a atender no dia 24 de fevereiro como um local de passagem enquanto os pacientes aguardavam vagas em hospitais.
Agora, com a desativação, parte dos equipamentos será emprestada a outros municípios e parte será preservada no centro de eventos para o caso de uma nova onda de contágio.
Nos últimos meses, Chapecó adotou diversas medidas restritivas para conter o agravamento da pandemia de covid-19, como toque de recolher, fechamento do comércio e mais ações de fiscalização. Segundo o prefeito, a testagem rápida e o tratamento imediato também foram importantes no combate à doença.
De acordo com o boletim divulgado ontem (6), o município tem 34.116 casos confirmados e 541 óbitos por covid-19. Entre os 606 casos ativos, de pessoas que estão com doença, 187 vítimas estão internadas, sendo 121 em unidades de terapia intensiva. Com cerca de 220 mil habitantes, Chapecó já vacinou 21.023 pessoas com a primeira dose e 8.537 pessoas com a segunda dose de vacinas contra a covid-19.